Sérgio Moro, Finalmente, começa a fazer política no Paraná

Moro em paletra para público do BTG Pactual (Foto: (BTG Pactual/Divulgação)).

Depois de patinar e até tomar diversas decisões equivacadas em sua carreira política, ex-juiz parece ter entendido o que precisa ser feito para conquistar o eleitor.

Começou a ser veiculada nas inserções do horário eleitoral gratuito uma propaganda do ex-juiz Sergio Moro, que é candidato à única vaga de senador em disputa pelo Paraná, que mostra que, finalmente, repito, ele entendeu que para ganhar eleição precisa fazer política e não dar sentenças. Muitos analistas acham que a decisão foi tomada tardiamente e que isso comprometeu sua trajetória política que foi da apoteose ao quase fracasso total.

Projeção inicial
Sergio Moro virou o queridinho do Brasil quando passou a ser o juiz da operação Lava Jato que teve início em 17 de março de 2014. Foi considerado um juiz fora da curva no judiciário brasileiro. Isso porque teve a coragem de enfrentar políticos extremamente populares e poderosos, além dos maiores empresários brasileiros, alcançando feitos nunca vistos antes nesse país.

Primeiros Erros
Depois de ser considerado o homem mais popular e admirado do Brasil, Moro, para alguns, foi picado pela mosca azul e pôs-se militar na seara política como Ministro de Estado do governo Bolsonaro. O que para a maioria dos admiradores do juiz, foi o primeiro erro que cometera. Isso, porque ele deixava de exercer uma função em que tinha total autonomia funcional, para integrar o governo de um presidente que nunca havia exercido uma função de liderança, muito menos executiva em toda a sua carreira. Mas Moro foi. E saiu!

Saiu de forma um tanto atabalhoada e acusando o presidente de tentar interferir nos trabalhos da Polícia Federal, principalmente para proteger familiares e amigos. indicou o famigerado vídeo de 22/04/2020, no Palácio do Planalto, onde o presidente profere palavrões à esmo e claramente se mostra irritado com ações da polícia federal, especialmente no Rio de Janeiro.

Erro partidário I
Depois de passar algum tempo na iniciativa privada, Moro decidiu candidatar-se à Presidência da República pelo Partido Podemos dirigido pela deputada federal Renata Abreu. Moro errou mais uma vez. E errou por entrar em um partido sem ter exigido o controle da executiva nacional da sigla. Esse, definitivamente, foi um erro crasso e que mostra o pouco conhecimento do novo entrante no mundo da política, pois sem controlar a legenda, não se controla a militância, os dirigentes, as bancadas e o cofre.

Erro partidário II
Não se sabe ao certo como foi a negociação do ex-ministro com a direção do União Brasil. O que se percebeu é que a narrativa não foi bem construída para o seu público. A impressão que passou é que Moro estava mais pedido do que cego em tiroteio, além de ser taxado de ingrato e traidor por membros do Podemos. Também ficou confuso sua candidatura por São Paulo e depois a mudança para o Paraná. Muita confusão!

Finalmente político
Depois de muito desencontro, nos últimos dias o candidato parece que se livrou de uma vez da toga de juiz, em que não precisa da opinião de ninguém, e passou a vestir o paletó de articulador político, principal qualidade de quem quer merecer votos da população.

O sinal mais evidente foi quando ele deixa as mesuras em relação ao senador Álvaro Dias – atual senador e  postulante à mesma vaga – e parte para a desconstrução do oponente. Isso é do jogo. Normal!

Outro sinal é entender, de uma vez por todas que o bolsonarismo não é Bolsonaro e que neste segmento está todos aqueles que não votam no petismo e, entre os eleitores de Lula não tem uma viva alma que vote no Juiz que prendeu o ex-presidente. Então só resta buscar votos entre os simpatizantes do presidente. Isso é estratégia eleitora, nada mais!

Por fim, Moro está vinculando seu nome ao do atual governador e candidato à reeleição, Ratinho Junior (PSD), que tem mais de 60% de intenção de votos. Com essa ações, finalmente, o ex-juiz entendeu que para ter vida longa na política precisa ter a capacidade aglutinar, comunicação assertiva e muita humildade para ouvir.

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Jornalista Responsável: DRT/MA 599

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